Conhecida popularmente por “língua presa” ou “freio de língua curto”, a anquiloglossia é uma falha congênita que interfere na mobilidade lingual. Este órgão é responsável por muito mais do que apenas sentir sabores, ele é essencial para a mastigação, a deglutição e a fala.
Quando a língua não é elevada, dificulta a pega adequada e a eficácia da ordenha, comprometendo a amamentação.
Caso não seja corrigido, o problema afetará a qualidade de vida do recém-nascido, dificultando a elevação, a protrusão e a sucção do seio no momento da mamada.
A língua presa afeta diretamente a amamentação, porque o frênulo lingual curto limita o movimento da língua, dificultando que a criança faça a sucção correta. Por conta da língua presa, inúmeros problemas na amamentação podem acontecer, como refluxo, dificuldade de ganhar peso, cólicas e, futuramente, dificuldades na mastigação, deglutição e fala.
Além do desgaste e da frustração que algumas mães enfrentam quando o bebê não consegue sugar de maneira eficiente, amamentar uma criança com anquiloglossia (língua presa) pode acarretar em mastite, dor e fissuras que não cicatrizam.
Se você ainda não levou seu bebê para a primeira consulta com um odontopediatra, observe alguns sintomas de que ele pode ter o freio lingual mais curto:
Nas mães:
O ideal é que toda criança tenha sua primeira consulta com o odontopediatra nos primeiros meses de vida. Se você observou os sintomas acima e quer saber se seu filho precisa realizar a cirurgia de Frenectomia Lingual, agende logo a sua consulta.
Após a avaliação profissional, a Frenotomia Lingual utilizando o Laser de Alta Potência é uma técnica muito segura e pode ser realizada em consultório odontológico.
Além disso, o bebê passa a ter mamadas de maior qualidade, pois a pega melhora, fazendo com que as dores no mamilo da mãe diminuam.
O bebê fica saciado com mais rapidez, já que as mamadas ficam mais eficientes.
O risco de engasgos, soluços, cólicas e refluxo também diminui.
Existe a melhora na deglutição e mastigação, o que favorece a aceitação de diferentes tipos de alimentos, principalmente no período da introdução alimentar e ao longo da vida da criança.
O desenvolvimento da fala, na articulação de palavras e fonemas, é um dos maiores ganhos após a cirurgia de Frenectomia para crianças mais velhas. Elas podem observar melhora na comunicação, o que afeta diretamente em sua vida social, contribuindo diretamente para que a criança, em idade escolar, não sofra bullying.
Preparamos algumas respostas às dúvidas mais comuns dos papais.
Não. O trabalho da equipe multidisciplinar é fundamental na condução e tratamento dos casos. Profissionais como fonoaudiólogos, pediatras, consultoras de amamentação, vão agregar conhecimentos diferentes e permitir que os tratamentos sejam individualizados tanto antes quanto depois da cirurgia de Frenectomia. Afinal de contas, a cirurgia corrige a anquiloglossia (língua presa), mas o acompanhamento é necessário para que a criança restabeleça suas funções orais e tenha total qualidade de vida.
O laser proporciona diversas vantagens: ao mesmo tempo que corta, também promove efeito de analgesia, modulação de inflamação e acelera a recuperação tecidual.
O corte a laser, na maioria dos casos, não produz sangramento, o que permite melhor visualização do campo operatório e ausência de sutura. Essa vantagem faz com que a cirurgia seja mais conservadora, mais biológica e com melhor pós-operatório.
A cirurgia é realizada com anestésico local, que pode ser tópico ou infiltrado, dependendo do tipo de freio, que pode ser delgado ou espesso. Com essa medida, podemos dizer que seu filho não sentirá dor.
O choro é a forma como os bebês se comunicam, mas não necessariamente indica dor. Para que eles se sintam mais seguros e confortáveis, a cirurgia é realizada com o bebê no colo de um dos responsáveis.
Apenas anestesia tópica (pomada) ou infiltrativa local (injeção), sem a necessidade de sedação.
Não, o laser tem o poder de vaporizar o tecido, dessa forma, não há sangramento na maioria dos procedimentos.
No pós-operatório imediato, o bebê é colocado imediatamente no seio da mãe para que ele possa se acalmar e desfrutar dos efeitos analgésicos e anti-inflamatórios do leite materno. No pós-operatório tardio, vai aparecer uma área amarelada no local da incisão. Não se assuste, é o processo de cicatrização. Não tente limpar ou remover. Se o bebê ficar exageradamente impaciente, podemos prescrever analgésicos.
Olá, muito prazer!
Sou a Dra. Claudia Fátima, cirurgiã-dentista, com mais de 30 anos atuando na profissão e especialista em Odontopediatria.
Sou apaixonada pela promoção de saúde e acredito que a saúde bucal vem de berço. Trabalho por uma Odontologia que vai muito além de solucionar problemas e restaurar dentes.
A minha forma de atender é acolhedora e lúdica, procuro transmitir amor, cuidado e conhecimento a todos que passam pela minha clínica. Acredito na educação continuada de seus familiares e do paciente, que, no caso das crianças e bebês, irá fazer com que a família se torne mais consciente da importância da saúde bucal.